Instituto traz ESG e ODS para o centro do debate na Unimed/RS

Instituto traz ESG e ODS para o centro do debate na Unimed/RS

Seminário de Sustentabilidade abordou a importância dos temas como atrativos e diferenciais do negócio

Salus Loch

Prestes a completar 15 anos, o Instituto Unimed/RS se notabiliza no cenário estadual pela condução de ações alinhadas à pauta da sustentabilidade e seu tripé social, econômico e ambiental, gerando reputação positiva e resultados ao Sistema Cooperativo Empresarial Unimed/RS.
Atento ao mercado e às mudanças impostas pela pandemia, no entanto, a entidade iniciou nos últimos dois anos movimentos mais abrangentes, que dialogam com a cultura ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, na sigla em inglês) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Em dezembro do ano passado, a instituição também se tornou signatária do Pacto Global da ONU.
A fim de consolidar o entendimento e conhecer as oportunidades geradas a partir desta nova posição estratégica, o Instituto realizou na quinta-feira, 11, em modalidade virtual, mais uma edição de seu Seminário de Sustentabilidade. Com o tema: “Sustentabilidade como atratividade do negócio”, a atividade aberta pelo diretor administrativo Alcides Mandelli Stumpf, contou em seu programa com três palestras de excelente nível técnico, teórico e prático.

ESG como diferencial competitivo

A primeira delas foi conduzida pela consultora em Sustentabilidade, Marise Barroso. A especialista, responsável por implementar a política de sustentabilidade da Amanco e de outras grandes organizações do país, apresentou as etapas que precisam ser vencidas para que a matriz ESG seja assimilada e traga os resultados esperados pelas empresas e pelo mercado. Marise destacou as similaridades dos princípios cooperativistas com a cultura ESG, observando que esse fator deve facilitar o avanço das ações na Unimed.
Segundo ela, o ‘pulo do gato’ para o Sistema Cooperativo Empresarial Unimed-RS é entender quais são os temas ESG que têm correlação positiva para o ‘valuation’ (valor da marca) no setor de saúde, utilizando o negócio para fazer contribuições positivas à sociedade. “Criar produtos e serviços com impacto social intrínseco trará perspectiva de retorno maior à cooperativa”, observou a consultora, apresentando que organizações com sólida filosofia ESG apresentam retornos financeiros até 6 vezes superiores aos concorrentes que não estão alinhados a estas práticas. Ao final, enquanto chamou a atenção para a necessidade do estabelecimento de metas mensuráveis relacionadas ao tema, Marise arrematou: “O ESG vai entrar em todas as empresas, seja pelo amor, ou na dor”.

ODS integrado à estratégia do negócio

Na sequência, a gerente de engajamento e ODS do Pacto Global – Brasil, Ana Carolina Pacci, discorreu sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o papel das empresas, além de destrinchar as metas e ações do Pacto Global da ONU, reconhecido como a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, do qual fazem parte mais de 18 mil instituições (sendo 14 mil empresas) de 160 países.
Conforme Ana Carolina, é fundamental que as corporações tenham uma visão holística do negócio, passem a definir sucesso com base no propósito e não apenas em números e se comprometam, cada vez mais, com pautas sustentáveis, estando abertas, desta forma, à inovação. Ela também pontuou a necessidade de que a Unimed identifique de forma clara com qual, ou quais, dos 17 ODS ela tem afinidade e, a partir daí, integre o objetivo à estratégia do negócio, sem perder de vista os compromissos da Agenda 2030.

A hora da experiência criativa

Por fim, coube ao coordenador de Inovação da Unimed Federação/RS, Mauro Sarmento, falar sobre ‘Inovação e futuros possíveis’. Destacando a necessidade de que se dê espaço à experiência criativa, Sarmento salientou que as empresas devem aplicar a matriz startup ao negócio, enfatizando o viés pedagógico da inovação, pelo qual compreende-se que empreender é a jornada de aprendizado, tendo como desafio ‘ir da ideia ao produto ou serviço’. Ele também frisou a importância de avanços em áreas como conectividade, e de se dar voz aos criativos da empresa, a partir de mudanças na perspectiva de como se trabalham as tecnologias. “É preciso pensarmos diferente. Diante dos desafios do mercado, é preciso pensarmos o que ninguém nunca pensou”, completou.

Saiba mais

O que é ESG?

A matriz ESG é a forma das empresas incorporarem em suas análises os fatores das esferas ambiental, social e de governança. No ambiental são estudadas, por exemplo, a gestão de recursos naturais. No campo social, são analisados aspectos como stakeholders, satisfação dos clientes e funcionários, além do grau de diversidade e inclusão promovido. Já na governança, são avaliados administração, práticas anticorrupção, códigos de ética e conduta, entre outros.
# Importante: Para que realmente se viva a sustentabilidade em toda a organização, alerta a consultora Marise Barroso, ela deve fazer parte da visão, da missão e da estratégia do negócio, estando presente na tomada de decisão no mais alto nível e estendendo-se a toda a organização. A sustentabilidade, e sua prima-irmã, ESG, deve permear cada uma das grandes e pequenas decisões da empresa.

O que são os ODS?

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Nela, estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde e bem-estar, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.

O que o Pacto Global busca?

O Pacto advoga 10 Princípios, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos e de outras cartas relacionadas ao Trabalho, Meio Ambiente, Desenvolvimento e Ações Anticorrupção. Organizações que fazem parte do Pacto Global, como o Instituto Unimed/RS, comprometem-se a seguir os princípios no dia a dia de suas operações. São eles:

– Apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente;
– Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos;
– Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
– Eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
– Abolição efetiva do trabalho infantil;
– Eliminar a discriminação no emprego;
– Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;
– Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental;
– Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis;
– Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

 

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